sábado, 17 de junho de 2017

Poemas e reflexões


Poema DCLVI
Não queira aplausos, hino e bandeira
laurel, o pódio, status de maior
diplomas, glórias, honras na carreira 
sem luta, lágrimas, sangue e suor...
Ouse, projete-se, seja o melhor!
Quanto a mim, faço meus planos e ponho-os
Nos alicerces fortes dos meus sonhos...!


Realização impossível? Se você tiver o saber, disposição e as ferramentas adequadas é só questão de tempo... (Inácio Dantas)

Você quer IR, quer SER, quer TER? Erga-se, mova-se, faça acontecer. Vamos! Não pare no tempo, pois o tempo não para! (Inácio Dantas

Fecha teus ouvidos às vozes da descrença, abre teus olhos ao sol do amanhã. Estuda, trabalha e mantém o foco: o pódio é o teu destino! (Inácio Dantas)

...Enquanto te invejam, blasfemam e te lançam palavras vãs, sorri e prossegue, carregando o troféu das tuas conquistas! (Inácio Dantas)


Poema XL
Sim, eu sou meu, sou eu dono de mim
sou meu rei, meu par, meu grande amigo.
Mesmo se só, sou eu em mim comigo 
me amo tanto, amor que não tem fim...
Sim, fiz-me meu mundo, vivo contente
dentro de mim, apaixonadamente...!


Poema XC
Não esperdice o tempo que lhe resta
a vida é luz, chama frágil ao vento...
Solidão, prisão d'alma e pensamento,
sem amor, nada serve e ninguém presta...
Louve a Deus, Ele guia suas escolhas!
...E se dos céus cair bênçãos em folhas,
é o amor: erga as mãos e colha-as...!


Poema DCV
"Nunca mais ouvi 'ma palavra tua
ficou no ar o eco do silêncio,
se pra todo sol há sempre u'a lua,
o laurel do amor é de quem vence-o...!
Mas, para ouvir-te (a vida não para),
compus 'ste poema em rima rara...


Poema XXVI
Ver tua beleza, doçura, sorriso
é ver a prata da lua em esplendor!
Mas, é ver alguém longe, indeciso
sedenta d'água na fonte do amor...

Vai, sacia-te do líquen imaginário...!
Mas se te guardas, envolta num Sudário,
ter-te é profanar um santuário...!

terça-feira, 13 de junho de 2017

Micropoemas de Dantas, Inácio


Poemas recém-produzidos...


I

...Enquanto construo, com os tijolos da espera o castelo da esperança,
com o formão do bem-querer gravo seu nome, em letras d'ouro, nos rochedos da lembrança...


II

Quero você...
Como a abelha quer o mel,
O pássaro quer o céu, 
A fé quer a hóstia, o pecador quer o perdão...

III

Quero você...
Como o amanhecer quer o sol,
O entardecer o arrebol,
A alma quer a luz, o corpo quer a vida, o amor o coração...


IV

Quão belo é o fulgor do teu sorriso
prata-polida a brilhar à luz do sol;
pérolas cintilantes em veludo cor-de-rosa,
na íris dos meus olhos, maravilha-maravilhosa...

--

V

Sigo a passos lentos, vida calma,
como o polen faz o fruto, o gérmen faz a palma,

calmo, calmo, calmo...

Como a noite fria faz a bruma 
as ondas quentes a espuma,

Calmo, calmo, calmo...

Como o alvorecer faz a claridade
e os segundos a eternidade...


VI

Para quem espera um "oi", uma frase é um discurso!


VII

Você bateu fundo em mim...
Mas, toda história na vida é assim:
Tem começo, meio, e fim...!


VIII

Deus, por que me bate esse sentimento
e me leva assim, como folha ao vento,
solto, aéreo, à esmo 
procurando em alguém a outra parte de mim mesmo...?


IX

...Enquanto construo, com os tijolos da espera o castelo da esperança, com o formão do bem-querer gravo seu nome, em letras d'ouro, nos rochedos da lembrança...


X

O que há ali, além do horizonte
sob o sol claro, ou céu escuro
no rio da fortuna, sob a ponte
que nos leva do ontem ao futuro...?
Aqui, o estudo, o trabalho, o progresso
lá, a água da paz, d'alegria e sucesso...!


XI

"Já vi, e ouvi, iguais à você
por trás maldiz, na frente é amor;
Sim, tenho defeitos, acaso não vê
que o espinho faz parte da flor...?
A lente do ciúme de tudo descrê:
se o dia é negro o sol não tem cor
joia sem brilho é falsa, porque
ouro sem lux é metal sem valor...
Não sorva a taça do fel d'amargura 
limpe as pupilas do coração
faça-as ver o real e a ilusão...
Ei, reate os laços da ternura,
n'alma o amor é no céu uma prece
quem vive no amor o ciúme fenece!



XII

Distribua amor, faz esse gesto nobre,
dê-o ao rico, dê-o ao pobre.
Corpo sem amor é fogo sem chama:
o sol que ilumina a flor, também ilumina a lama...!


XIII

Sinto-a em mim, em vibrações,
como as cordas du'a harpa divina;
Rosto de mulher, corpo de menina,
em êxtase, louca para amar,
Mar dentro da lua, lua dentro do mar...


XIV

Dizem que o poeta é um fingidor:
Finge a dor mostrando sorrisos
Finge sorrisos mostrando a dor...

Em verdade eu lhes digo,
O poeta tem duas vidas:
Uma breve como o luar plácido no val
a outra longa, bela, feliz e imortal...!

XV 

...Sigo a passos lentos, vida calma,
como o polen faz o fruto, o gérmen faz a palma,
calmo, calmo, calmo...
Como a noite fria faz a bruma 
as ondas quentes a espuma,
Calmo, calmo, calmo...
Como o alvorecer faz a claridade
e os segundos a eternidade...!



XVI

Para quem espera um "oi", uma frase é um discurso!


XVII

Ver tua beleza, doçura, sorriso
é ver a prata da lua em esplendor!
Mas, é ver alguém longe, indeciso
sedenta d'água na fonte do amor...
Vai, sacia-te do líquen imaginário...!
Mas se te guardas, envolta num Sudário,
ter-te é profanar um santuário...!


XVIII

Todas as vezes que de mim lembrar-se
e dedilhar as teclas da saudade
num som vazio, breu na imensidade,
meu ser em luz vai brilhar em sua face:
Sou feito pó impregnado ao vento
não se desfaz no seu esquecimento...


XIX

Procuro algo num alguém qualquer
feito um náufrago u'a luz acesa,
entre as ondas gris da incerteza,
farol na praia, clarão rosicler...
Não, não procuro glamour ou riqueza
e sim o amor num'alma de mulher...


XX

Ah... estou só, na solidão, que medo
que esse sonho que me vem em névoa,
no mar em mim, onda fria no penedo, 
me leve a paixão que comigo levo-a...

Noite sem luz, eu só em meu segredo,
o medo em mim, e eu dentro do medo...


XXI

Já vi, e ouvi, iguais à você
por trás maldiz, na frente é amor;
Sim, tenho defeitos, acaso não vê
que o espinho faz parte da flor...?
A lente do ciúme de tudo descrê:
se o dia é negro o sol não tem cor
joia sem brilho é falsa, porque
ouro sem lux é metal sem valor...
Não sorva a taça do fel d'amargura 
limpe as pupilas do coração
faça-as ver o real e a ilusão...
Ei, reate os laços da ternura,
n'alma o amor é no céu uma prece
quem vive no amor o ciúme fenece!
(Inácio Dantas)


XXII

Distribua amor, faz esse gesto nobre,
dê-o ao rico, dê-o ao pobre.
Corpo sem amor é fogo sem chama:
o sol que ilumina a flor, também ilumina a lama...!


(c) Inácio Dantas